A sensação é familiar a todo mundo que já tenha andado por ilhas do Mediterrâneo. Você chega num portãozinho acanhado e logo tem que subir uma ladeirona para chegar na vila. Uma ei la em cinta, a primeira visão é de uma igrejinha branca.
Então você percebe um centrinho de casas baixas, uma praça com mesas ao ar livre. Daí você desce por uma ruela com unia lojinha do lado de um restaurante do lado de unia pousada do lado de um bar do lado de um agencinha de viagem. (O chão, no entanto, é de areia, coisa que raramente você vai encontrar na Grécia ou lias Baleares.)
Essa ruazinha continua por trás de uma primeira praia — que se chama Primeira Praia e vai desembocar numa segunda praia, que se chama Segunda Praia e que concentra o fervo do dia e da madrugada (ate as 11 da noite o boxixo é no Centro). No verão, as praias são de um azul-clarinho que você só vai vei-em muito poucos lugares do Brasil (Costa Dourada, Buzios).
A ilha, Tinharé (este é seu nome oficial) é uma belezinha — mas a vila de Morro de São Paulo anda crescendo muito rápido, atabalhoadamente. Na tal ruazinha de areia fizeram um estrupício chamado Planet Morro, que tem mesas de alumínio e um telão passando shows de rock. A Segunda Praia ganho, uma loja de materiais de construção (na areia!) — e construíram tanta coisa na Terceira Praia, que ela praticamente se urbanizou da noite para o dia.
Só a Quarta Praia ainda continua como era há… bem, como era há um ano e meio. Mesmo assim, o trânsito de tratores-jardineiras (cujos motores fazem um barulho nada ecológico) já incomoda, e bastante. Veja bem — se eu, que conheci Morro em 99, já notei profundas mudanças em 2001, imagine quem foi lá há 10 ou 15 anos… Saudosismos à parte, Morro de São Paulo continua um lugar bacana para quem procura sol e festa em quantidades iguais.
Muitos de seus frequentadores antigos se mudaram para lugares mais ao sul (Boipeba, Barra Grande, Itacaré), mas a ilha continua atraindo gente animada e estrangeiros doidões. Se você quer curtir a beleza de suas praias com sossego, venha na baixa temporada, numa semana em que não haja feriadão.
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